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19 abr 2024

Aprenda a gesticular e torne suas apresentações mais eficientes

por Reinaldo Polito

Em minhas palestras é muito comum os participantes perguntarem sobre a gesticulação dos apresentadores do programa Fantástico, da Rede Globo. Alguns dizem estranhar a maneira como eles movimentam os braços, outros comentam a respeito da forma como encostam a palma de uma das mãos sobre a outra todas as vezes que precisam buscar posição de apoio. Bem, não existe nada de anormal com a expressão corporal desses apresentadores, mas se tantas pessoas notam os gestos é porque algum detalhe está chamando a atenção.
Talvez seja esse o mais importante segredo da boa gesticulação: não chamar a atenção.
A vida toda ouvimos pessoas, especialistas ou não, comentando sobre a atuação dos juízes de futebol, e é quase unanimidade julgar que o bom árbitro é aquele que não aparece no jogo: acompanha todas as jogadas de perto, apita as faltas e até expulsa os jogadores desleais, mas ninguém nota sua presença.
Com os gestos ocorre um fenômeno muito semelhante. Eles devem participar ativamente da comunicação, destacando e complementando as informações importantes, esclarecendo mensagens ocultas que não são transmitidas com palavras, mas sem que sejam percebidos de maneira ostensiva.
Neste texto vou explicar como usar a expressão corporal de forma correta e, a partir desses conceitos, você terá condições de aprimorar sua comunicação e entender por que os gestos das outras pessoas, inclusive dos apresentadores de televisão, são executados de maneira apropriada ou não.

A naturalidade

O princípio que norteia a boa gesticulação é a naturalidade. É curioso observar como esse princípio natural atua na gesticulação. A partir do momento em que nós pensamos em comunicar uma mensagem, a mente avisa essa intenção ao corpo, que imediatamente entra em ação com o movimento, e só depois é que transmitimos a informação com as palavras. É por esse motivo que os gestos são realizados antes ou simultaneamente com as palavras, e não depois.
Por exemplo: se eu desejasse transmitir a mensagem de que havia afastado uma idéia, faria o movimento no sentido lateral com o braço estendido e a palma voltada para fora e, quase ao mesmo tempo, ou logo em seguida, diria: “eu afastei”. Ficaria muito estranho se ocorresse o contrário, se eu dissesse: “eu afastei”, e só depois usasse os gestos.
Observe nas suas conversas do dia-a-dia, nos ambientes mais íntimos, quando se sente mais à vontade, qual é seu comportamento com os gestos. Irá constatar que age de acordo com a recomendação da técnica – faz o gesto sempre antes ou junto com as palavras.

Quando escrevi o livro Gestos e postura para falar melhor, publicado pela Editora Saraiva, comentei na apresentação que contei com a ajuda dos meus quatro filhos, Roberta, Rachel, Rebeca e Reinaldinho, que, com sua espontaneidade de crianças, constituíram sempre excelente campo de estudo em que pude identificar a naturalidade do comportamento.
Faça você também esse exercício. Observe como as crianças se comportam com os gestos quando estão conversando. Irá constatar que já usam naturalmente todas as técnicas que iremos estudar.
Neste momento você poderá estar indagando: – Mas se os gestos são naturais, qual o motivo que me levaria a estudá-los? Bem, você já não é mais uma criança e, infelizmente, como todos nós, adultos, perdeu muito dessa comunicação espontânea tão marcante na época da infância. Provavelmente também tenha vestido algumas couraças e, por isso, talvez encontre dificuldades para usar bem os gestos.
Este é um alento precioso: você já se comporta de maneira correta com os gestos quando está à vontade nos ambientes mais íntimos, bastará apenas aprender a agir da mesma forma quando estiver em situações mais formais.

Os gestos de acordo com as circunstâncias

Todos os aspectos estéticos da comunicação, como a voz, o vocabulário e a expressão corporal, assim como a própria estrutura da fala, deverão sempre estar de acordo com as características dos ouvintes.
Cada situação deverá ser analisada isoladamente a partir do contexto da circunstância, formação intelectual da platéia, conhecimento que possui sobre o tema, faixa etária predominante, emoção produzida pela mensagem, enfim, de acordo com o ambiente e com os fatos que cercam a apresentação. Entretanto, para determinar o tamanho e a intensidade dos gestos, há alguns indicadores que poderão ser observados em praticamente todas as situações – quanto maior for o público e menor o nível intelectual dos ouvintes, mais intensa deverá ser a gesticulação. Por outro lado, quanto menor for a platéia e mais bem preparadas intelectualmente forem as pessoas do auditório, mais moderados deverão ser os gestos.

Por exemplo, um político em praça pública, diante de uma multidão envolvida emocionalmente pelo seu discurso, usará gestos largos, realizados acima da cabeça, porque irão mais ao encontro da emoção do que da razão.
Se, entretanto, alguém se apresentar em uma pequena reunião, tratando de detalhes técnicos, diante de pessoas bem preparadas intelectualmente, mais moderados e sutis deverão ser os gestos.
Por mais complexas que possam parecer, as técnicas da gesticulação deverão considerar sempre esses dois aspectos básicos da comunicação – a naturalidade e as características dos ouvintes.

Atitudes desaconselháveis

Note que estou dizendo tratar-se de atitudes desaconselháveis, e não afirmando que sejam erradas. Não existe nada tão errado em comunicação que não possa ser feito em algumas circunstâncias.
É comum ouvir pessoas censurando o comportamento de alguns oradores como se houvessem cometido o pior de todos os erros: “Polito, assisti a uma palestra com um consultor que não sabia se apresentar. Virava e mexia e ele punha a mão no bolso”.
Em alguns casos ocorreu de eu conhecer o palestrante que estava sendo criticado e saber que ele era muito bom comunicador. Como, entretanto, alguns aprendem regrinhas de conduta e se moldam totalmente a elas, caem no exagero de achar que qualquer comportamento fora do padrão determinado constitui erro.
Por isso, nada de levar regrinhas ao pé da letra. Saiba que, embora algumas atitudes sejam desaconselháveis, em certas situações, dependendo do ambiente e das características de quem as utiliza, poderão até ser recomendáveis.

Alguns alunos do nosso curso de Expressão Verbal, por se sentirem bem com determinados comportamentos, mas preocupados porque os julgam incorretos, questionam: “Professor Polito, afinal, posso ou não agir assim?” Às vezes respondo que ainda não sei, pois vai depender muito do seu estilo de comunicação. Isto é, não dá para colocar as pessoas em fôrmas de certo e errado.
Considerando essa relatividade das regras, de maneira geral, não fale com as mãos nos bolsos, atrás das costas, com os braços cruzados, apoiados por muito tempo sobre a mesa, a tribuna ou a haste do microfone. Evite gesticular com as mãos abaixo da cintura ou acima da cabeça.
Tome cuidado com a postura. Às vezes podemos nos sentir intimidados pelo tipo de público que iremos enfrentar e acabamos por nos apresentar com a cabeça baixa, corpo curvado, demonstrando excesso de humildade e com atitude perdedora, de alguém fracassado. Por outro lado, corremos o risco de subestimar os ouvintes e, por isso, nos apresentarmos com a cabeça levantada, olhando por cima da platéia, numa atitude que pode aparentar arrogância e prepotência.

Outro comportamento que pode comprometer a qualidade da apresentação é o fato de o orador se movimentar diante do público, de um lado para outro, sem objetivo, de maneira desordenada.
Ao se posicionar, procure não ficar apoiado apenas sobre uma das pernas, muito menos trocar com freqüência a posição de apoio, ficando ora sobre uma, ora sobre outra. Não abra ou feche demasiadamente as pernas, pois a primeira posição tirará sua elegância e esta última prejudicará seu equilíbrio e o deixará com a postura muito rígida.
Fique atento para os movimentos involuntários que podem desviar a atenção dos ouvintes, como, por exemplo, coçar a cabeça, segurar a gola da blusa ou do paletó, mexer na aliança, na pulseira, brincar com objetos como o fio do microfone, o laser point, a caneta, o lápis e outras atitudes que possam tirar a concentração das pessoas.

E, para finalizar a relação das atitudes desaconselháveis, deixei por último o conselho que considero mais importante: os dois erros mais comuns na gesticulação são a falta e o excesso de gestos.
Como os gestos são importantes para ajudar na comunicação da mensagem, a sua ausência pode prejudicar a qualidade da comunicação. Por outro lado, o excesso de gestos pode desviar a atenção, dificultando a compreensão das informações. Todavia, é preferível você não fazer nenhum gesto a se apresentar com gesticulação exagerada. Se você não fizer gestos, mas apresentar uma boa mensagem, os ouvintes ainda conseguirão acompanhar seu raciocínio. Se, entretanto, você exagerar com os movimentos, dificilmente as pessoas poderão se concentrar nas suas palavras.

Como usar bem a expressão corporal

Sempre levando em conta a naturalidade, as circunstâncias do ambiente, seu estilo e suas características, essas recomendações poderão dar mais qualidade às suas apresentações.

* Faça gestos apenas para as informações que devam ser enfatizadas – Cada frase possui somente uma ou duas palavras que constituem a informação a que se quer dar ênfase dentro da mensagem. Os gestos deverão destacar apenas essas informações.
Se você tivesse que dizer esta frase: “No mês passado recebemos uma grande quantidade de latas” e a ênfase fosse para “no mês passado”, você deveria fazer apenas um gesto que identificasse essa mensagem, apontando com o dedo polegar ou o indicador o momento passado.
Se a informação importante fosse “recebemos”, bastaria o gesto de trazer uma ou as duas mãos para perto do corpo, para destacar a mensagem. E assim para as outras informações: “grande quantidade”, (fazendo o gesto amplo) e “latas” (desenhando o objeto com as mãos). E não usar, como fazem algumas pessoas, dois ou mais desses gestos para apenas uma frase. Ocorreria, conforme já vimos, um excesso de gesticulação.

* Não volte com o gesto de maneira precipitada à posição de apoio – Quando estamos em situações de desconforto falando diante das pessoas, normalmente temos a tendência de fazer o gesto e voltar logo em seguida para a posição de apoio. Se essa atitude for repetida muitas vezes, produzirá excesso de gesticulação, que, como já analisamos, é desaconselhável.
Ao fazer o gesto, tenha paciência e aguarde com o movimento até a conclusão da mensagem antes de voltar à posição de apoio. Mesmo depois de completada a mensagem, observe se não há alguma informação para comunicar em seguida, pois, nesse caso, poderá aproveitar o mesmo movimento já realizado para executar o gesto complementar.
Assim, segurando o gesto com calma, sem voltar de maneira precipitada em busca de apoio para as mãos, poderá gesticular praticamente o tempo todo e não terá excesso de gesticulação.

* Faça os gestos acima da linha da cintura – Quando os gestos são realizados abaixo da linha da cintura, perdem expressividade e contribuem pouco para a qualidade da comunicação.
Gesticule com os braços acima da linha da cintura e estará usando o movimento de maneira mais apropriada para a comunicação da mensagem. Observe, entretanto, que estou recomendando que faça os gestos acima da linha da cintura e não que se apresente o tempo todo dessa maneira. Em posição de apoio, os braços abaixo da linha da cintura podem se mostrar até mais elegantes. Fique atento para esse detalhe e para não se levantar da cadeira já com os braços erguidos acima da cintura, imaginando que deverão se posicionar sempre nesta altura do corpo.

* O ponto de partida do gesto é o ombro – Evite fazer o gesto apenas com o antebraço, com o gesto partindo do cotovelo. Falar com os cotovelos grudados no tronco, de maneira geral demonstra que a pessoa está em posição de desconforto, acuada, tentando se defender. A boa gesticulação é realizada com o movimento partindo do ombro, construindo um pequeno ângulo entre o braço e o tronco.
Tome cuidado, entretanto, para não executar o movimento na posição lateral do tronco, como se os braços fossem asas. Dê preferência por realizar o movimento para frente do tronco, deixando os gestos laterais para situações exigidas pelo próprio sentido da mensagem.

* Evite a repetição dos gestos – Por mais apropriados que pareçam ser os gestos, se forem repetidos muitas vezes, ficarão marcados e chamarão a atenção dos ouvintes. Por isso procure variar os movimentos dos braços, das mãos e a posição de apoio. Se em determinado momento usou os dois braços para fazer os gestos, no instante seguinte alterne, deixando, por exemplo, um dos braços ao longo do corpo, enquanto gesticula apenas com o outro. Para que essa alternância não se torne também uma repetição, em seguida varie mais uma vez, deixando um dos braços encostado na altura da linha da cintura, enquanto continua gesticulando com o outro. E, assim, vá promovendo a diversificação dos gestos, tocando uma das mãos na outra, juntando a ponta dos dedos das duas mãos, ou utilizando-as para enumerar as partes de um assunto. Essa alternância da posição de apoio dos gestos aproxima a expressão corporal do comportamento mais espontâneo do dia-a-dia. E, por ser natural, torna-se praticamente despercebida e muito mais eficiente.

* O gesto, a voz e a mensagem – Nos concursos de oratória que promovemos com os alunos do nosso curso, é comum eles trazerem parentes ou conhecidos para assistir à sua apresentação. Alguns desses visitantes, movidos pela curiosidade, me perguntam por que determinados oradores demonstram tanto que estão gesticulando e outros se apresentam com os movimentos quase imperceptíveis. Em alguns casos, o orador demonstra de maneira evidente o gesto porque o movimento foi pensado, feito de propósito e, por isso, se mostrou artificial. Mas normalmente o que faz o gesto sobressair é a falta de harmonia com o tom de voz e a mensagem. Deve existir um sincronismo entre esses três aspectos, especialmente entre o gesto e o tom de voz. Quando a fala é mais contundente, o gesto precisa acompanhar o tom de voz e ser mais firme. Quando, entretanto, a fala é mais suave, o gesto também deve ser mais moderado e sutil.
Há um tipo de gesto que não tem por objetivo identificar o sentido da mensagem, mas apenas acompanhar o ritmo e a cadência da fala – é o gesto de marcação. Esse gesto é realizado com os movimentos repetidos dos braços à frente do tronco e ajuda muito a dar expressividade à comunicação. Por ser um gesto marcante, precisa ser usado com moderação, de vez em quando, para que não seja notado de forma ostensiva.

* A fisionomia – Uma jornalista da revista Veja me entrevistou para falar sobre a mentira. Uma das questões mais interessantes que ela levantou foi como seria possível reconhecer um mentiroso novo. Isto porque, dizia ela, os velhos mentirosos, principalmente os que militam na política, já são muito conhecidos, mas os novos não, estão chegando para nos enganar. A minha resposta foi rápida: pela fisionomia. É pela fisionomia que as pessoas normalmente se traem. Podem até interpretar muito bem a personagem, mas em algum momento serão traídas pela fisionomia. Nem sempre percebemos conscientemente, mas algo lá no nosso inconsciente, como disse Freud, identificará essa mensagem do inconsciente do outro.
A fisionomia possui duas funções muito importantes na comunicação – a expressividade e a coerência. Precisa ser expressiva para auxiliar na condução da mensagem e na complementação das informações. E deve ser coerente para que a mensagem transmitida pelas palavras tenha respaldo e legitimidade na comunicação do semblante. Se você falar de tristeza, a sua fisionomia deverá demonstrar esse sentimento. Tanto assim que, em algumas circunstâncias, você precisará interpretar sua própria verdade, pois, ao falar de um sentimento, mesmo que esteja sentindo o que está dizendo, a fisionomia deverá mostrar de forma expressiva essa mensagem. Você sente, diz que sente e interpreta o que efetivamente sente.
Na minha dissertação de mestrado, publicada em livro pela Editora Saraiva, com o título de A influência da emoção do orador no processo de conquista dos ouvintes, recorri ä teoria de Wilhelm Reich na obra Análise do caráter, para falar da maneira como percebemos a emoção do outro: “A linguagem humana atua, interfere na linguagem da face e do corpo. Por isso, a expressão total de um organismo deve ser literalmente idêntica à impressão total que o organismo provoca em nós”.
Essa expressão total, que caracteriza a coerência da comunicação, é confirmada ou negada especialmente pela fisionomia. Por isso procure sempre sentir o que está dizendo e analise se a sua fisionomia está sendo coerente com esse sentimento.

* Os olhos – Fazendo parte da fisionomia, os olhos também são um excelente indicador da coerência entre mensagem transmitida com as palavras e o sentimento. Durante uma apresentação, os olhos cumprem dois objetivos: o de receber o retorno, analisando como os ouvintes reagem e se comportam diante da mensagem, e o de valorizar a presença das pessoas no ambiente.
Se, ao olhar para a platéia, você perceber que as pessoas estão ansiosas, movimentando a cabeça de um lado para outro, distraídas com objetos ou com qualquer outro sinal de desatenção, talvez haja tempo de trazê-las de volta à realidade e estimulá-las a continuar prestando atenção. Você poderá, por exemplo, mudar a inflexão e o volume da voz, alterar a gesticulação, incluir informações diferentes, leves e interessantes, e quem sabe até salvar uma apresentação que estava se perdendo. Se você não olhar para os ouvintes, não terá condições de saber se eles estão ou não gostando, se estão interessados e assimilando a mensagem.
Quando você olha para a platéia, mesmo que não consiga ver cada um dos ouvintes, as pessoas se sentem olhadas, prestigiadas, fazendo parte do ambiente. Por isso, distribua a comunicação visual para todos os lados do auditório, olhando ora para quem está sentado à esquerda, ora para quem está sentado à direita.
Há dois tipos de ouvintes que atrapalham muito a apresentação – aquele que se mostra hostil, balançando negativamente a cabeça e fazendo caretas de desaprovação, e o bonzinho, que está sempre concordando com o orador fazendo sim de aprovação.
Não caia nessa armadilha. Evite olhar a maior parte do tempo para o ouvinte hostil com a intenção de fazê-lo mudar de opinião, e também não olhe muito para o ouvinte bonzinho só porque sentiu o conforto do seu consentimento. Nas duas situações estaria se escravizando a esses ouvintes e deixando de olhar a platéia toda, correndo o risco de que os demais dispersassem a atenção.

Um conselho final

Vá para sua apresentação posicionando-se de maneira elegante, sem humildade nem arrogância; evite a falta e principalmente o excesso de gesticulação; tome cuidado para não deixar as mãos nos bolsos, os braços nas costas ou cruzados; olhe para todos os lados da platéia; tenha uma fisionomia coerente com a mensagem; não se movimente sem objetivo; vigie o posicionamento das pernas para não se apoiar ora sobre uma, ora sobre a outra, e também para que não as deixe muito abertas ou fechadas.
Ufa! Parece tanto que até cansa, mas todos esses detalhes são tão naturais que, no fim, você gostará de usar essas técnicas que já são suas.

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