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04 abr 2018

Mesmo com razão você pode estar errado

e amizades estáveis por muito tempo. A história se repete com precisão quase matemática. De repente, a pessoa vira a cara e corta relações com quem, aparentemente, estava convivendo tão bem.

 

Assim como eu, você também deve conhecer muita gente assim. É só questão de tempo para ter notícias de que o barraco foi armado e, aquela amizade, que parecia tão bonita, virou pó. Às vezes não conseguimos compreender como esses fatos ocorrem com as mesmas pessoas. Dá até para apostar que dia mais cedo, dia mais tarde, por um motivo ou outro, vão romper relações com alguém.

 

No ambiente de trabalho esse comportamento pode ser fatal. Cada vez mais os profissionais precisam interagir, trabalhar em equipe e ter uma conduta solidária. Se a pessoa começar a cortar o relacionamento com seus pares, depois de algum tempo poderá se sentir sozinha, desamparada e sem clima para continuar na empresa. De maneira geral, os profissionais são contratados por sua competência, mas são demitidos por seu comportamento.

 

Algumas são “encrenqueiras profissionais”. Veem inimigos e perseguidores até na própria sombra. Sem terem razão, sem nenhum motivo relevante resolvem criticar ou acusar pessoas que não fizeram absolutamente nada. Se você observar o comportamento dessas pessoas, vai constatar que a vida inteira mantiveram o mesmo padrão de conduta. É uma espécie de vício do qual não conseguem se livrar.

 

Há outras, entretanto, que também não conseguem manter relacionamentos duradouros, que estão sempre rompendo amizades e se afastando daqueles com quem convivem, mas justificam esse comportamento provando que estão certas, que têm a razão do seu lado, e que os outros é que pisaram na bola com elas.

 

É sobre esse tipo de pessoas que desejo discutir. Pessoas que não fazem nada de errado, mas por causa do comportamento equivocado dos outros são obrigadas a se afastar. São vistas como vítimas e, por mais que tentem compreender os motivos de os outros agirem mal com elas, não conseguem uma boa explicação. Afinal, elas estão certas e os outros, que cometeram os erros, é que estão errados.

 

O que essas pessoas não conseguem entender é que o ser humano não é infalível. Todos nós estamos sujeitos a cometer erros. Às vezes erramos por ingenuidade, por não percebermos que a nossa conduta poderia contrariar alguém. Em outras circunstâncias erramos por negligência, por falta de atenção, ou porque não somos tão bonzinhos e tínhamos a intenção de levar algum tipo de vantagem.

 

Exagerei um pouco nas “nossas falhas humanas”, talvez até errando nas generalizações, para mostrar que cometer erros, especialmente nos relacionamentos com pessoas com as quais convivemos por mais tempo, é normal, e pode ocorrer com qualquer pessoa, mesmo com aquelas mais equilibradas, ponderadas e sensatas.

 

Por isso, se nós levarmos tudo a ferro e fogo, sem nos darmos conta de que as pessoas com as quais convivemos, vez ou outra, podem cometer falhas, dificilmente conseguiremos manter e preservar amizades e relacionamentos. Sei que é difícil ficar engolindo sapos, tentando compreender que qualquer um poderia ter determinados deslizes, mas não há outra forma de conviver com as pessoas.

 

Certa vez assisti a uma palestra da Luiza Helena, dona do Magazine Luiza, e ela comentou que quando um funcionário chega fazendo reclamações e se enchendo de razão porque foi contrariado de alguma maneira, olha bem nos olhos da pessoa e pergunta: afinal, você quer ter razão ou ser feliz?

 

É essa pergunta que devemos fazer a nós mesmos quando pensarmos em cortar um relacionamento com alguém que teve uma conduta inadequada: será que vale a pena nos afastarmos dessa pessoa por esse motivo? Será que não seríamos mais felizes procurando entender que qualquer outro poderia ter o mesmo comportamento? E, parafraseando a Luiza Helena: eu quero ter razão ou ser feliz?

 

 

Superdicas da semana:

– Não julgue uma pessoa por uma atitude específica. Avalie a história de vida dela.

– Antes de romper relações com alguém analise se não poderá relevar a falha dele.

– Mesmo tendo razão talvez não esteja certo mantendo sua posição.

– Se julgar que um relacionamento irá prejudicá-lo, não hesite em se afastar da pessoa.

 

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