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04 abr 2018

Dói perder alguém muito querido

As palavras não são vazias. Temos de ter a consciência de que ao nos comunicarmos, seja falando ou escrevendo, nossa mensagem poderá mexer com os sentimentos das pessoas, e, às vezes, até transformar a vida delas. Prova disso é um pequeno texto que me marcou e que talvez fale também ao seu coração.

Entre os meus amigos queridos tenho um muito especial –  Ailton Trevisan. Eu o conheci quando ele foi aluno no meu curso de expressão verbal há quase 20 anos. Desde aquela época, sem que precisássemos nos encontrar com muita freqüência, naturalmente construímos uma amizade sólida de admiração mútua e respeito.

Além de ser um advogado excepcional, Ailton é uma das pessoas mais inteligentes que conheci. A história da sua carreira foi pontuada de vitórias extraordinárias, atuando em causas famosas. Sua fazenda na região de Campinas é cinematográfica. Nunca vi nenhuma tão bonita nem ao vivo, nem em revista, nem em filmes.

De todas as qualidades do Ailton, além da inteligência e da competência profissional, destacam-se a bondade, o bom-humor e o amor ao próximo. Sempre sorridente, é ótimo ouvinte e sabe dizer a palavra certa no momento mais apropriado.

De repente, por uma dessas linhas que só Deus sabe explicar o sentido, perdeu a esposa por quem sempre foi profundamente apaixonado. A tragédia, todavia, não o esmoreceu. Continuou de cabeça erguida, dedicou-se à educação dos quatro filhos, preparando-os para enfrentar a vida. Tem ao seu lado hoje a Fernanda, uma mulher bonita, alto-astral, cativante e companheira de todas as horas.

Entretanto, eu sempre quis saber como foi que ele suportou a perda da esposa que tanto amava. A resposta veio num texto tocante de Santo Agostinho, que ele mantém em uma das paredes da sua casa e que pode servir de alento para todos nós que um dia perdemos um ente querido:

O amor não desaparece
A morte não é nada. Eu somente passei para o outro lado do caminho.
Eu sou eu, Vocês são vocês. O que eu era para vocês, eu continuarei sendo.
Dêem o nome que vocês sempre me deram. Falem comigo como sempre vocês fizeram.
Vocês continuam vivendo no Mundo das Criaturas, eu estou vivendo no Mundo do Criador.
Não utilizem um tom solene ou triste.
Continuem a rir daquilo que nos fazia rir juntos.
Rezem, sorriam, pensem em mim. Rezem por mim.
Que meu nome seja pronunciado como sempre foi, sem ênfase de nenhum tipo, sem nenhum traço de sombra.
A vida significa tudo o que ela sempre significou, o fio não foi cortado.
Por que eu estaria fora de seus pensamentos agora que estou apenas fora de suas vistas?
Eu não estou longe, apenas estou do outro lado do caminho…

Quando, por acaso, li esse texto compreendi melhor como ele conseguiu caminhar firme com sua família e com seu trabalho. Assim que terminei de ler, ao olhar para trás, vi que ele estava me olhando com um largo sorriso. Ele sabia que eu havia encontrado a resposta para muitas das minhas indagações.

Se você sente saudade de alguém que sempre gostou e que partiu para o outro lado do caminho, imprima este texto e o leia de vez em quando. Tomara que assim consiga suportar a ausência com mais serenidade.

Superdicas da semana:

– Cuidado com o que você fala – sua mensagem poderá mexer com a vida de alguém.

– Sempre que puder, procure melhorar a vida das pessoas com sua comunicação

– Nunca magoe alguém sem necessidade

– Há momentos em que a pessoa só precisa de alguém para ouvi-la

 

Se desejar conhecer outras dicas de comunicação entre no meu site  https://reinaldopolito.com.br/portugues/dicas.php?id_nivel=15

Atenção – vou ministrar dez aulas de apresentação gratuitas do meu curso de 16 a 30 de maio. Inscreva-se para uma delas no site abaixo.

 

Livros de minha autoria que tratam desse tema: “Como falar corretamente e sem inibições”, “Assim é que se fala”, “Oratória para advogados” e “Superdicas para falar bem” (também em audiolivro), publicados pela Editora Saraiva.

 

 

 

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